segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Israel

Israel
[Contendedor (Perseverador) com Deus; ou, Deus Contende].
1. Nome que Deus deu a Jacó quando este tinha cerca de 97 anos. Foi durante a noite em que cruzou o vale da torrente do Jaboque, indo ao encontro de seu irmão Esaú, que Jacó começou a lutar com o que se revelou ser um anjo. Devido à persistência de Jacó na luta, seu nome foi mudado para Israel, como sinal da bênção de Deus. Para comemorar tais eventos, Jacó chamou esse lugar de Peniel ou Penuel. (Gên 32:22-28; veja JACÓ N.° 1.) Mais tarde, em Betel, a mudança de nome foi confirmada por Deus e, dali em diante, até o fim de sua vida, Jacó era freqüentemente chamado de Israel. (Gên 35:10, 15; 50:2; 1Cr 1:34) Muitas das mais de 2.500 ocorrências do nome Israel, contudo, referem-se aos descendentes de Jacó como nação. — Êx 5:1, 2.
2. Todos os descendentes de Jacó, coletivamente, em qualquer período. (Êx 9:4; Jos 3:7; Esd 2:2b; Mt 8:10) Como prole e descendência dos 12 filhos de Jacó, não raro eram chamados de “filhos de Israel”; menos freqüentemente, de “casa de Israel”, “povo de Israel”, “homens de Israel”, “estado de Israel”, ou “israelitas”. — Gên 32:32; Mt 10:6; At 4:10; 5:35; Ef 2:12; Ro 9:4;

Em 1728 AEC, uma fome fez com que a casa de Jacó viajasse para o Egito, onde, como residentes forasteiros, seus descendentes permaneceram por 215 anos. Todos os israelitas que foram reconhecidos como sendo “da casa de Jacó, que vieram ao Egito”, não contando as esposas dos filhos de Jacó, eram 70. Mas, durante sua estada ali, eles vieram a tornar-se uma sociedade mui ampla de escravos, totalizando talvez uns dois ou três milhões, ou mais. — Gên 46:26, 27; Êx 1:7 

Em seu leito de morte, Jacó abençoou seus 12 filhos na seguinte ordem: Rubem, Simeão, Levi, Judá, Zebulão, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, José e Benjamim; e, por meio destes, prosseguiu o arranjo tribal, patriarcal. (Gên 49:2-28) Não obstante, durante o período de escravidão de Israel, os egípcios estabeleceram seu próprio sistema de supervisão, independente da instituição patriarcal, designando certas pessoas dentre os israelitas como administradores. Estes mantinham o cômputo dos tijolos produzidos e ajudavam os feitores egípcios, que compeliam os israelitas a trabalhar. (Êx 5:6-19) Moisés, por sua vez, quando tornou conhecidas as instruções de Jeová para a congregação, fez isso por meio dos “anciãos de Israel”, que eram os cabeças hereditários das casas paternas. Eram também os que o acompanhavam quando ele comparecia perante Faraó. — Êx 3:16, 18; 4:29, 30; 12:21.
No devido tempo, no fim do período predeterminado de 400 anos de aflição, em 1513 AEC, Jeová esmagou a potência mundial dominante do Egito, e, com grande demonstração de sua Onipotência Soberana, libertou Israel, seu povo, da escravidão. Com eles saiu “uma vasta mistura de gente” de não-israelitas, que se sentiram felizes de lançar sua sorte com a do povo escolhido de Deus. — Gên 15:13; At 7:6; Êx 12:38.
Nascimento da Nação. Sob o pacto feito com Abraão, a resultante congregação de Israel foi considerada como indivíduo único, e, por conseguinte, um parente próximo poderia resgatá-los ou recomprá-los da escravidão. Jeová era tal parente próximo, através desse pacto legal, deveras, o Pai deles, e, como legítimo Resgatador, ele usou a força punitiva para matar o primogênito de Faraó, por este ter-se recusado a libertar o “primogênito” de Deus, Israel. (Êx 4:22, 23; 6:2-7) Assim, libertado legalmente do Egito, Israel tornou-se propriedade exclusiva de Jeová. “Somente a vós vos conheci dentre todas as famílias do solo”, disse ele. (Am 3:2; Êx 19:5, 6 De 7:6) Deus então achou apropriado, contudo, lidar com eles, não estritamente como sociedade patriarcal, mas sim como a nação de Israel, que Ele criou, dando-lhe um governo teocrático alicerçado no pacto da Lei como constituição.
Menos de três meses depois de deixar o Egito, Israel tornou-se uma nação independente, sob o pacto da Lei, inaugurado no monte Sinai. (He 9:19, 20) As Dez Palavras, ou Dez Mandamentos, escritas “pelo dedo de Deus”, constituíam a base daquele código nacional, ao qual se adicionaram cerca de 600 outras leis, estatutos, regulamentos e decisões judiciais. Isto o tornava o conjunto mais abrangente de leis possuído por qualquer nação antiga, delineando, em grandes pormenores, o relacionamento do homem com Deus, bem como entre o homem e seu próximo. — Êx 31:18; 34:27, 28.
Como teocracia pura, toda autoridade judicial, legislativa e executiva cabia a Jeová. (Is 33:22; Tg 4:12) Por sua vez, este Grande Teocrata delegou certo poder administrativo a seus representantes designados. O próprio código de leis até mesmo fazia provisão para uma posterior dinastia de reis que representariam a Jeová em assuntos civis. Esses reis, contudo, não eram monarcas absolutos, visto que o sacerdócio era separado e independente da realeza, e, na verdade, os reis sentavam-se no “trono de Jeová” como representantes dele, sujeitos às Suas diretrizes e disciplina. — De 17:14-20; 1Cr 29:23; 2Cr 26:16-21.
Sob o código constitucional, a adoração de Jeová foi colocada acima de tudo o mais e dominava todo aspecto da vida e da atividade da nação. A idolatria era classificada como consumada traição, punível com a morte. (De 4:15-19; 6:13-15; 13:1-5) O tabernáculo sagrado, e mais tarde o templo, com seus prescritos sacrifícios, era o centro físico da adoração. O sacerdócio designado por Deus tinha o Urim e o Tumim, por meio dos quais recebiam-se respostas de Jeová sobre importantes e difíceis questões de vida ou morte. (Êx 28:30) Providenciaram-se assembléias regulares de homens, mulheres e crianças (compulsórias para os homens), e estas ajudaram a manter a saúde e a união espirituais da nação. — Le 23:2; De 31:10-13.
Fizeram-se provisões para um sistema de juízes sobre “dez”, “cinqüenta”, “cem” e “mil”. Deste modo, os casos do povo podiam receber pronta atenção, e podia-se recorrer até a Moisés que, se necessário, apresentaria o assunto a Jeová para decisão final. (Êx 18:19-26; De 16:18) A organização militar, com a sua conscrição de efetivos humanos e distribuição de comando também se ajustava a um similar sistema numérico. — Núm 1:3, 4, 16; 31:3-6, 14, 48.
Os vários cargos civis, judiciais e militares eram preenchidos pelos cabeças hereditários das tribos — os anciãos experientes, sábios e discretos. (De 1:13-15) Estes anciãos posicionavam-se perante Jeová como representantes da inteira congregação de Israel, e, por meio deles, Jeová e Moisés falavam ao povo em geral. (Êx 3:15, 16) Eram homens que ouviam pacientemente os casos jurídicos, faziam vigorar as várias modalidades do pacto da Lei (De 21:18-21; 22:15-21; 25:7-10), pautavam-se pelas decisões divinas já declaradas (De 19:11, 12; 21:1-9), supriam a liderança militar (Núm 1:16), confirmavam tratados já negociados (Jos 9:15) e, como comissão, dirigida pelo sumo sacerdote, cumpriam outros deveres (Jos 22:13-16).
Este novo estado teocrático de Israel, com sua autoridade centralizada, ainda retinha o arranjo patriarcal das 12 divisões tribais. Mas, para eximir a tribo de Levi do serviço militar (para que esta pudesse devotar seu tempo exclusivamente a assuntos religiosos), e ainda assim ter 12 tribos que possuíssem 12 partes da Terra Prometida, fizeram-se ajustes genealógicos formais. (Núm 1:49, 50; 18:20-24) Havia também a questão dos direitos do primogênito. Rubem, primogênito de Jacó, tinha direito a uma porção dupla da herança (veja De 21:17), mas perdeu esse direito porque cometeu imoralidade incestuosa com a concubina de seu pai. (Gên 35:22; 49:3, 4) Tais vagas, a vaga de Levi entre as 12, bem como a ausência daquele que tinha os direitos de primogênito, tinham de ser preenchidas.
De forma relativamente simples, Jeová ajustou ambos os assuntos por meio de um único ato. Efraim e Manassés, os dois filhos de José, foram promovidos à condição plena de cabeças tribais. (Gên 48:1-6; 1Cr 5:1, 2) Novamente se podiam contar 12 tribos, excluindo-se a de Levi, e também uma porção dupla das terras fora representativamente consignada a José, pai de Efraim e de Manassés. Assim, os direitos do primogênito foram retirados de Rubem, o primogênito de Léia, e dados a José, o primogênito de Raquel. (Gên 29:31, 32; 30:22-24) Assim, com tais ajustes, os nomes das 12 tribos (não-levitas) de Israel eram: Rubem, Simeão, Judá, Issacar, Zebulão, Efraim, Manassés, Benjamim, Dã, Aser, Gade e Naftali. — Núm 1:4-15.
Do Sinai à Terra da Promessa. Apenas 2 dentre os 12 espias enviados à Terra da Promessa retornaram com fé suficientemente forte para encorajar seus irmãos a invadi-la e conquistá-la. Jeová, portanto, determinou que, devido a essa generalizada falta de fé, todos aqueles que tivessem mais de 20 anos e que tinham saído do Egito, com raras exceções, morreriam ali no ermo. (Núm 13:25-33; 14:26-34) E assim, por 40 anos, aquele vasto acampamento de Israel peregrinou pela península do Sinai. Até mesmo Moisés e Arão morreram sem pisar na Terra da Promessa. Logo depois de Israel ter saído do Egito, um censo mostrava que havia 603.550 varões vigorosos, mas, cerca de 39 anos depois, a nova geração totalizava menos 1.820, ou 601.730. — Núm 1:45, 46; 26:51.
Durante a vida nômade de Israel no ermo, Jeová era um muro protetor, um escudo contra os seus inimigos. Somente quando Israel se rebelava contra Jeová é que ele permitia que lhes sobreviesse o mal. (Núm 21:5, 6) Jeová supria-lhes também todas as suas necessidades. Deu-lhes o maná e água, um código sanitário para proteger-lhes a saúde, e até mesmo impediu que suas sandálias se gastassem. (Êx 15:23-25; 16:31, 35; De 29:5) Mas, apesar desse cuidado amoroso e miraculoso da parte de Jeová, Israel repetidas vezes murmurou e se queixou, e, periodicamente, surgiam rebeldes que desafiavam as designações teocráticas, obrigando Jeová a discipliná-los com severidade, para que os demais aprendessem a temer e a obedecer ao seu Grande Libertador. — Núm 14:2-12; 16:1-3; De 9:24; 1Co 10:10.
Os 40 anos de migração de Israel no ermo chegavam ao fim quando Jeová entregou nas mãos deles os reis dos amorreus, Síon e Ogue. Por meio dessa vitória, Israel tornou-se herdeiro de grande quantidade de território a L do Jordão, no qual se fixaram as tribos de Rubem, de Gade e metade da tribo de Manassés. — De 3:1-13; Jos 2:10.
Israel sob os Juízes. Após a morte de Moisés, Josué liderou os israelitas na travessia do Jordão, em 1473 AEC, para a entrada na terra descrita como ‘manando leite e mel’. (Núm 13:27; De 27:3) Daí, numa avassaladora campanha de seis anos, conquistaram o território que era controlado por 31 reis a O do Jordão, incluindo cidades fortificadas, como Jericó e Ai. (Jos 1 a 12) As planícies costeiras e certas cidades encravadas, como a fortaleza jebusita que mais tarde se tornou a Cidade de Davi, eram exceções. (Jos 13:1-6; 2Sa 5:6-9) Estes elementos que desafiavam a Deus, a quem se permitiu que continuassem ali, atuavam como espinhos e abrolhos no lado de Israel, e as alianças matrimoniais com eles somente aumentaram a dor. Por mais de 380 anos, desde a morte de Josué até a completa subjugação deles por Davi, tais adoradores de deuses falsos atuaram como “agentes para provar a Israel, para se saber se obedeceriam aos mandamentos de Jeová”. — Jz 3:4-6.
O território recém-conquistado foi dividido por sortes entre as tribos de Israel, conforme Jeová ordenara a Moisés. Seis “cidades de refúgio” foram reservadas para a segurança dos homicidas não intencionais. Estas, e 42 outras cidades, bem como as adjacentes terras agrícolas, foram consignadas à tribo de Levi. — Jos 13 a 21.
Cada cidade designava juízes e oficiais em seus portões para cuidar dos assuntos judiciais, conforme estabelecido sob o pacto da Lei (De 16:18), bem como anciãos representativos para administrar os interesses gerais da cidade. (Jz 11:5) Embora as tribos conservassem a sua identidade e as suas heranças, desaparecera grande parte do controle organizacional centralizado que fora exercido durante sua permanência no ermo. O cântico de Débora e Baraque, os eventos da guerra de Gideão e as atividades de Jefté, todos revelam os problemas resultantes da falta de ação unida que surgiram depois que Moisés e seu sucessor, Josué, saíram de cena, e o povo deixou de se voltar para seu Cabeça invisível, Jeová Deus, em busca de orientação. — Jz 5:1-31; 8:1-3; 11:1-12:7.
Com a morte de Josué e dos anciãos de sua geração, o povo começou a vacilar em sua fidelidade e obediência a Jeová, como um grande pêndulo a oscilar entre a adoração verdadeira e a falsa. (Jz 2:7, 11-13, 18, 19) Quando abandonavam a Jeová e voltavam a servir aos Baalins, ele removia sua proteção e permitia que as nações em volta viessem saquear a terra. Despertado por tal opressão para a necessidade de uma ação unida, o inconstante Israel apelava para Jeová que, por sua vez, suscitava juízes, ou salvadores, para libertar o povo. (Jz 2:10-16; 3:15) Houve toda uma série desses valentes juízes depois de Josué, incluindo Otniel, Eúde, Sangar, Baraque, Gideão, Tola, Jair, Jefté, Ibsã, Elom, Abdom e Sansão. — Jz 3 a 16.
Cada libertação alcançada teve um efeito unificador sobre a nação. Houve, também, outros incidentes unificadores. Certa vez, quando a concubina dum levita foi brutalmente violentada, 11 tribos, sentindo-se ultrajadas, agiram unidamente contra a tribo de Benjamim, refletindo certo senso de culpa e de responsabilidade nacionais. (Jz caps. 19, 20) Todas as tribos sentiam-se unidamente atraídas à arca do pacto, no tabernáculo em Silo. (Jos 18:1) Por conseguinte, sentiram perda em escala nacional quando a Arca foi capturada pelos filisteus, devido à devassidão e à má conduta do sacerdócio naqueles dias, especialmente por parte dos filhos do Sumo Sacerdote Eli. (1Sa 2:22-36; 4:1-22) Com a morte de Eli, e tornando-se Samuel um profeta e juiz em Israel, houve um efeito unificador sobre Israel, à medida que Samuel viajava em circuito através de Israel, para cuidar das questões e das disputas do povo. — 1Sa 7:15, 16.
O Reino Unido. Samuel ficou extremamente desgostoso quando, em 1117 AEC, Israel suplicou: “Designa-nos deveras um rei para nos julgar, igual a todas as nações.” No entanto, Jeová disse a Samuel: “Escuta a voz do povo . . . pois, não é a ti que rejeitaram, mas é a mim que rejeitaram como rei sobre eles.” (1Sa 8:4-9; 12:17, 18) De modo que Saul, o benjamita, foi escolhido como primeiro rei de Israel, e, embora começasse bem o seu reinado, em pouco tempo a sua presunção levou-o à desobediência, e a desobediência, por sua vez, à rebelião, e a rebelião a que por fim consultasse uma médium espírita — de modo que, depois de 40 anos, mostrou-se um completo fracasso! — 1Sa 10:1; 11:14, 15; 13:1-14; 15:22-29; 31:4.
Davi, da tribo de Judá, um ‘homem agradável ao coração de Jeová’ (1Sa 13:14; At 13:22), foi ungido rei no lugar de Saul, e, sob sua liderança capaz, as fronteiras da nação se ampliaram até os limites prometidos, desde “o rio do Egito até o grande rio, o rio Eufrates”. — Gên 15:18; De 11:24; 2Sa 8:1-14; 1Rs 4:21.
Durante o reinado de 40 anos de Davi, foram criados vários cargos especializados, além do arranjo tribal. Havia um círculo íntimo de conselheiros que cercavam o próprio rei, além dos anciãos de influência que serviam ao governo centralizado. (1Cr 13:1; 27:32-34) Havia também a ampliada equipe governamental de príncipes tribais, chefes, oficiais da corte e servidores militares, que tinham deveres administrativos. (1Cr 28:1) Para cuidar bem de certos assuntos, Davi nomeou 6.000 levitas como juízes e oficiais. (1Cr 23:3, 4) Estabeleceram-se outros departamentos, com seus superintendentes designados, para cuidar do cultivo dos campos e dirigir coisas tais como vinhedos e indústrias vinícolas, olivais e suprimentos de azeite, rebanhos e manadas. (1Cr 27:26-31) Os interesses financeiros do rei eram similarmente cuidados por uma tesouraria central, separada daquela que supervisionava os tesouros estocados em outras partes, como nas cidades e aldeias afastadas. — 1Cr 27:25.
Salomão sucedeu a Davi, seu pai, como rei, em 1037 AEC. Ele reinou “sobre todos os reinos, desde o Rio [Eufrates] até a terra dos filisteus e até o termo do Egito”, por 40 anos. Seu reinado foi notadamente marcado pela paz e prosperidade, pois as nações em sua volta continuaram ‘trazendo presentes e servindo a Salomão todos os dias de sua vida’. (1Rs 4:21) A sabedoria de Salomão era proverbial, sendo o mais sábio rei dos tempos antigos, e, durante seu reinado, Israel atingiu o ápice do poder e da glória. Uma das mais grandiosas realizações de Salomão foi a construção do magnífico templo, cujos planos arquitetônicos recebera de seu pai inspirado, Davi. — 1Rs caps. 3 a 9; 1Cr 28:11-19.
Apesar de toda a sua glória, de toda a sua riqueza e de toda a sua sabedoria, Salomão acabou fracassando, pois permitiu que suas muitas esposas estrangeiras o desviassem da adoração pura de Jeová para as práticas profanas das religiões falsas. No fim, Salomão morreu desaprovado por Jeová, e Roboão, seu filho, o sucedeu. — 1Rs 11:1-13, 33, 41-43.
Roboão, não tendo sabedoria nem visão, aumentou a já pesada carga governamental sobre o povo. Isto, por sua vez, fez com que as dez tribos ao norte se separassem sob Jeroboão, conforme o profeta de Jeová havia predito. (1Rs 11:29-32; 12:12-20) Assim, aconteceu que o reino de Israel foi dividido em 997 AEC.
Para detalhes sobre o reino dividido.
Israel Depois do Exílio Babilônico. Durante os 390 anos que se seguiram à morte de Salomão, e à ruptura do reino unido, e até a destruição de Jerusalém, em 607 AEC, o termo “Israel” usualmente só se aplicava às dez tribos, sob o domínio do reino setentrional. (2Rs 17:21-23) Mas, com a volta do exílio de um restante de todas as 12 tribos, e continuando até a segunda destruição de Jerusalém em 70 EC, o termo “Israel” mais uma vez abrangia todos os descendentes de Jacó que viviam naquele tempo. Novamente, o povo de todas as 12 tribos foi chamado de “todo o Israel”. — Esd 2:70; 6:17; 10:5; Ne 12:47; At 2:22, 36.
Entre os que retornaram a Jerusalém junto com Zorobabel e o sumo sacerdote Josué (Jesua), em 537 AEC, havia 42.360 varões (e, sem dúvida, também suas esposas e filhos; além de escravos e cantores profissionais), e estes começaram a reconstruir a casa de adoração de Jeová. (Esd 3:1, 2; 5:1, 2) Mais tarde, outros retornaram junto com Esdras, em 468 AEC (Esd 7:1-8:36), e, ainda mais tarde, em 455 AEC, sem dúvida outros acompanharam Neemias quando este veio a Jerusalém, com a designação especial de reconstruir os muros e os portões da cidade. (Ne 2:5-9) Muitos israelitas, contudo, permaneceram dispersos por todo o império, conforme se vê no livro de Ester. — Est 3:8; 8:8-14; 9:30.
Embora Israel não retornasse à sua soberania anterior como nação independente, tornou-se deveras uma comunidade hebraica que gozava de considerável liberdade sob o domínio persa. Dentre os próprios israelitas foram designados governantes e governadores prepostos (como Zorobabel e Neemias). (Ne 2:16-18; 5:14, 15; Ag 1:1) Os anciãos de Israel e os príncipes tribais continuaram a agir como conselheiros e representantes do povo. (Esd 10:8, 14) Restabeleceu-se a organização sacerdotal, à base de antigos registros genealógicos que haviam sido cuidadosamente preservados, e, com tal arranjo levítico mais uma vez em operação, foram observados os sacrifícios e outros requisitos do pacto da Lei. — Esd 2:59-63; 8:1-14; Ne 8:1-18.
Com a queda do Império Persa e a ascensão da Grécia ao domínio mundial, Israel viu-se assolado pelo conflito entre os ptolomeus do Egito e os selêucidas da Síria. Estes últimos, durante o reinado de Antíoco IV (Epifânio), determinaram erradicar a adoração e os costumes judaicos. Seu esforço atingiu um clímax em 168 AEC, quando um altar pagão foi erigido sobre o altar do templo em Jerusalém e dedicado ao deus grego, Zeus. Este incidente ultrajante, contudo, produziu um efeito contrário, pois foi a centelha que provocou a insurreição dos Macabeus. Três anos a contar daquele dia, o vitorioso líder judeu, Judas Macabeu, rededicou a Jeová o templo purificado, com uma festa que, desde então, tem sido comemorada pelos judeus como a Hanucá.
O século seguinte foi de grandes distúrbios internos, em que Israel afastou-se cada vez mais das provisões administrativas tribais do pacto da Lei. Foi durante esse período que o governo doméstico dos macabeus ou asmoneus teve sorte variável, e que se desenvolveram os partidos dos saduceus pró-asmoneanos e os fariseus anti-asmoneanos. Por fim solicitou-se a Roma, já então a potência mundial, que interviesse. Em resposta, o general Cneu Pompeu foi enviado para lá, e, depois dum cerco de três meses, tomou Jerusalém, em 63 AEC, e anexou a Judéia ao império. Herodes, o Grande, foi nomeado por Roma como rei dos judeus, por volta de 39 AEC, e, uns três anos depois, ele efetivamente esmagou a regência asmoneana. Pouco antes da morte de Herodes nasceu Jesus, em 2 AEC, como “uma glória para o teu povo Israel”. — Lu 2:32.
A autoridade imperial de Roma sobre Israel durante o primeiro século EC foi distribuída entre os governantes distritais e os governadores ou procuradores. A Bíblia menciona alguns governantes distritais, como Filipe, Lisânias e Herodes Ântipas (Lu 3:1); bem como os governadores Pôncio Pilatos, Félix e Festo (At 23:26; 24:27); e os reis Agripa I e II (At 12:1; 25:13). Internamente, ainda restavam certos vestígios do arranjo genealógico tribal, conforme evidenciado quando César Augusto fez com que os israelitas se registrassem nas respectivas cidades de suas casas paternas. (Lu 2:1-5) Entre o povo, os “anciãos” e os funcionários levíticos sacerdotais ainda eram muito influentes (Mt 21:23; 26:47, 57; At 4:5, 23), embora tivessem, em grande parte, substituído os requisitos escritos do pacto da Lei pelas tradições de homens. — Mt 15:1-11.
Foi em tal atmosfera que nasceu o cristianismo. Primeiro surgiu João, o Batizador, o precursor de Jesus, que fez com que muitos israelitas retornassem a Jeová. (Lu 1:16; Jo 1:31) Daí, Jesus e seus apóstolos deram seguimento à obra de recobro, uma vez que trabalhavam entre as “ovelhas perdidas da casa de Israel”, abrindo olhos cegos a enxergarem as tradições falsas dos homens e os maravilhosos benefícios da adoração pura de Deus. (Mt 15:24; 10:6) Todavia, apenas um restante aceitou Jesus como Messias, e foi salvo. (Ro 9:27; 11:7) Foram estes que alegremente o saudaram como “Rei de Israel”. (Jo 1:49; 12:12, 13) A maioria, recusando-se a ter fé em Jesus (Mt 8:10; Ro 9:31, 32), juntou-se aos seus líderes religiosos em clamar: “Fora com ele! Fora com ele! Para a estaca com ele!” “Não temos rei senão César.” — Jo 19:15; Mr 15:11-15.
O tempo logo mostrou ser falsa esta suposta fidelidade inabalável a César. Elementos fanáticos de Israel fomentaram uma revolta após outra, e, cada vez, a província sofria duras represálias dos romanos, represálias estas que, por sua vez, aumentavam o ódio judaico pelo governo romano. A situação por fim se tornou tão explosiva que as forças romanas locais não mais puderam contê-la e Céstio Galo, governador da Síria, avançou contra Jerusalém com forças maiores, a fim de manter o controle romano.
Depois de incendiar Bezeta, ao N do templo, Galo acampou em frente ao palácio real, ao SO do templo. Nessa ocasião, diz Josefo, ele poderia ter facilmente penetrado à força na cidade; sua demora, contudo, fortaleceu os insurgentes. As unidades avançadas dos romanos fizeram então uma cobertura protetora, como a carapaça da tartaruga, pondo seus escudos sobre eles mesmos, e começaram a minar as muralhas. De novo, quando os romanos estavam prestes a ter êxito, eles se retiraram, no outono de 66 EC. Sobre esta retirada, Josefo diz: “Céstio . . . subitamente retirou seus homens, abandonou a esperança, embora não tivesse sofrido nenhum revés, e, indo contra toda lógica, retirou-se da Cidade.” (The Jewish War [A Guerra Judaica], II, 540 [xix, 7]) Este ataque contra a cidade, seguido de súbita retirada, forneceu o sinal e a oportunidade para que os cristãos ali ‘fugissem para os montes’, conforme instruídos por Jesus. — Lu 21:20-22.
No ano seguinte (67 EC), Vespasiano empenhou-se em acabar com a insurreição judaica, mas a morte inesperada de Nero, em 68, abriu o caminho para que Vespasiano se tornasse imperador. Assim, ele voltou a Roma, em 69, e deixou que seu filho, Tito, prosseguisse em tal campanha, e, no ano seguinte, 70 EC, Jerusalém foi invadida e destruída. Três anos depois, a última fortaleza judaica em Massada caiu diante dos romanos. Josefo diz que, durante toda a campanha contra Jerusalém, 1.100.000 judeus morreram, muitos devido a pestes e à fome, e 97.000 foram feitos cativos, diz ele, sendo que muitos deles foram dispersos como escravos para todos os cantos do império. — The Jewish War, VI, 420 (ix, 3).
Quanto à identidade das “doze tribos de Israel”, mencionadas em Mateus 19:28 e Lucas 22:30, veja post TRIBO (“Julgando as Doze Tribos de Israel”).
3. As tribos que, por duas vezes, formaram um reino setentrional, separado, de Israel.
A primeira divisão do governo nacional ocorreu com a morte de Saul, por volta de 1078 AEC. A tribo de Judá reconheceu a Davi como rei, mas o restante das tribos fez rei a Is-Bosete, filho de Saul; dois anos depois, Is-Bosete foi assassinado. (2Sa 2:4, 8-10; 4:5-7) Com o tempo, sanou-se a brecha e Davi tornou-se rei de todas as 12 tribos. — 2Sa 5:1-3.
Mais adiante no reinado de Davi, quando foi sufocada a revolta de seu filho, Absalão, todas as tribos mais uma vez reconheceram a Davi como rei. Todavia, ao recolocarem o rei no seu trono, surgiu uma disputa sobre protocolo, e, nesta questão, as dez tribos setentrionais, chamadas de “Israel”, discordavam dos homens de Judá. — 2Sa 19:41-43.
Todas as 12 tribos estavam unidas no apoio à realeza de Salomão, filho de Davi. Mas, quando de sua morte, por volta de 998 AEC, houve a segunda divisão do reino. Apenas as tribos de Benjamim e de Judá apoiaram o Rei Roboão, que se sentou no trono de Salomão, seu pai, em Jerusalém. Israel, que consistia nas outras dez tribos do N e do L, escolheu a Jeroboão como rei. — 1Rs 11:29-37; 12:1-14;

De início, a capital de Israel se localizava em Siquém. Mais tarde, mudou-se para Tirza, e, daí, durante o reinado de Onri, transferiu-se para Samaria, onde permaneceu nos 200 anos seguintes. (1Rs 12:25; 15:33; 16:23, 24) Jeroboão reconhecia que a adoração unificada mantinha unido o povo, assim, para impedir que as tribos dissidentes fossem ao templo de Jerusalém para adorar a Deus, ele ergueu dois bezerros de ouro, não na capital, mas nos dois extremos do território de Israel, um em Betel, no sul, e outro em Dã, no norte. Também investiu um sacerdócio não-levítico para liderar e instruir Israel na adoração dos bezerros de ouro e dos demônios caprinos. — 1Rs 12:28-33; 2Cr 11:13-15.
Aos olhos de Jeová, este era um gravíssimo pecado de Jeroboão. (2Rs 17:21, 22) Se tivesse permanecido fiel a Jeová, sem se voltar para tal crassa idolatria, Deus teria permitido que a sua dinastia continuasse, mas, do jeito como as coisas se sucederam, a sua casa perdeu o trono quando seu filho, Nadabe, foi assassinado, menos de dois anos depois da morte de Jeroboão. — 1Rs 11:38; 15:25-28.
Para onde o governante se inclinava, também se inclinava a nação de Israel. Dezenove reis, sem se contar Tibni (1Rs 16:21, 22), reinaram de 997 a 740 AEC. Apenas nove deles tiveram como sucessores os próprios filhos, e apenas um deles teve uma dinastia que se estendeu até a quarta geração. Sete dos reis de Israel governaram por dois anos, ou menos; alguns só por alguns dias. Um cometeu suicídio, quatro tiveram morte prematura e seis foram assassinados por homens ambiciosos, que em seguida ocuparam o trono de suas vítimas. Ao passo que o melhor de todos, Jeú, agradou a Jeová por remover a vil adoração de Baal que Acabe e Jezabel haviam patrocinado, ainda assim “o próprio Jeú não cuidou em andar na lei de Jeová, o Deus de Israel, de todo o seu coração”; ele permitiu que a adoração do bezerro, de Jeroboão, continuasse em todo o país. — 2Rs 10:30, 31.
Jeová, de sua parte, certamente mostrou-se longânime para com Israel. Durante sua história de 257 anos, continuou enviando Seus servos para alertar os governantes e o povo a respeito de seus modos iníquos, mas em vão. (2Rs 17:7-18) Entre estes devotados servos de Deus achavam-se os profetas Jeú (não o rei), Elias, Micaías, Eliseu, Jonas, Odede, Oséias, Amós e Miquéias. — 1Rs 13:1-3; 16:1, 12; 17:1; 22:8; 2Rs 3:11, 12; 14:25; 2Cr 28:9; Os 1:1; Am 1:1; Miq 1:1.
O problema de Israel no tocante a proteger-se contra a invasão era maior do que o de Judá, pois, embora tivesse o dobro da população, tinha também quase o triplo de área terrestre a guardar. Além de guerrear contra Judá de tempos a tempos, não raro travava guerra com a Síria nas fronteiras norte e oriental, e sofria pressão da Assíria. O sítio final a Samaria foi iniciado por Salmaneser V, no sétimo ano do reinado de Oséias, mas levou quase três anos para que a cidade fosse tomada pelos assírios, em 740 AEC. — 2Rs 17:1-6; 18:9, 10.
A diretriz dos assírios, iniciada por Tiglate-Pileser III, predecessor de Salmaneser, era remover cativos do território conquistado e transplantar em lugar deles pessoas de outras partes do império. Assim, desencorajavam-se futuras insurreições. No caso em pauta, os outros grupos nacionais introduzidos no território de Israel por fim se misturaram tanto racial como religiosamente, e foram depois conhecidos como samaritanos. — 2Rs 17:24-33; Esd 4:1, 2, 9, 10; Lu 9:52; Jo 4:7-43.
Com a queda de Israel, as dez tribos setentrionais não ficaram inteiramente perdidas, contudo. Os assírios evidentemente deixaram no território de Israel algumas pessoas dessas tribos. Outros sem dúvida fugiram da idolatria de Israel para o território de Judá, antes de 740 AEC, e seus descendentes estariam entre os cativos levados para Babilônia em 607 AEC. (2Cr 11:13-17; 35:1, 17-19) Sem dúvida, havia também descendentes deles entre os levados cativos pelos assírios (2Rs 17:6; 18:11) que foram contados entre o restante que retornou e que constituía as 12 tribos de Israel em 537 AEC e depois disso. — 1Cr 9:2, 3; Esd 6:17; Os 1:11; compare isso com Ez 37:15-22.
4. A Terra da Promessa ou o território geográfico designado à nação de Israel (todas as 12 tribos), em contraste com o território de outras nações (1Sa 13:19; 2Rs 5:2; 6:23), e sobre o qual governavam os reis israelitas. — 1Cr 22:2; 2Cr 2:17.
Após a divisão da nação, a expressão “terra de Israel” era, às vezes, usada para referir-se ao território do reino setentrional, diferençando-o do de Judá. (2Cr 30:24, 25; 34:1, 3-7) Depois da queda do reino setentrional, o nome de Israel foi efetivamente conservado vivo por Judá, o único reino que restava dos descendentes de Israel (Jacó). Por conseguinte, é primariamente com referência à terra do reino de Judá e sua capital, Jerusalém, que a expressão “solo de Israel” é usada pelo profeta Ezequiel. (Ez 12:19, 22; 18:2; 21:2, 3) Esta era a área geográfica que ficou completamente desolada por 70 anos, a contar de 607 AEC (Ez 25:3), mas à qual um fiel restante seria reajuntado. — Ez 11:17; 20:42; 37:12.
Para uma descrição das características geográficas e climáticas de Israel, bem como de seu tamanho, localização, recursos naturais e outras características relacionadas, veja o Post PALESTINA.


Israel de Deus
Esta expressão, encontrada somente uma vez nas Escrituras, refere-se ao Israel espiritual, em vez de aos descendentes raciais de Jacó, cujo nome foi mudado para Israel. (Gên 32:22-28) A Bíblia fala do “Israel de modo carnal” (1Co 10:18), bem como do Israel espiritual, composto daqueles para os quais descender de Abraão não é um requisito. (Mt 3:9) O apóstolo Paulo, ao usar a expressão “o Israel de Deus”, mostra que esta nada tem que ver com se a pessoa é ou não um descendente circuncidado de Abraão. — Gál 6:15, 16.
O profeta Oséias predisse que Deus, ao rejeitar a nação do Israel natural em favor desta nação espiritual, que inclui gentios, diria ‘aos que não eram seu povo: “Tu és meu povo”’. (Os 2:23; Ro 9:22-25) No tempo devido, o Reino de Deus foi tirado da nação dos judeus naturais e dado a uma nação espiritual que produzia os frutos do Reino. (Mt 21:43) Não há dúvida de que o Israel espiritual inclui judeus naturais. Os apóstolos e outros que receberam espírito santo em Pentecostes de 33 EC (cerca de 120), os acrescentados naquele dia (cerca de 3.000), e os que mais tarde engrossaram tais números para cerca de 5.000, eram todos judeus e prosélitos. (At 1:13-15; 2:41; 4:4) Mas, mesmo assim eram, como Isaías os descreveu, “um mero restante” salvo daquela nação rejeitada. — Is 10:21, 22; Ro 9:27.
Outros textos explanam este assunto. Com a remoção de alguns “ramos naturais” da oliveira figurada, houve um enxerto de ramos ‘bravos’ de não-israelitas, de modo que não havia nenhuma distinção racial ou classista entre os que ‘são realmente descendente de Abraão, herdeiros com referência a uma promessa’. (Ro 11:17-24; Gál 3:28, 29) “Nem todos os que procedem de Israel são realmente ‘Israel’.” “Porque não é judeu aquele que o é por fora, nem é circuncisão aquela que a é por fora, na carne. Mas judeu é aquele que o é no íntimo, e a sua circuncisão é a do coração, por espírito.” (Ro 9:6; 2:28, 29) O Israel natural deixou de produzir o número exigido, de modo que Deus “voltou a sua atenção para as nações, a fim de tirar delas um povo para o seu nome” (At 15:14), a respeito do qual se disse: “Vós, outrora, não éreis povo, mas agora sois povo de Deus.” (1Pe 2:10) O apóstolo Pedro citou o que havia sido dito ao Israel natural e o aplicou a este Israel espiritual de Deus, dizendo que é, em realidade, uma “raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial”. — Êx 19:5, 6; 1Pe 2:9.
As 12 tribos mencionadas em Revelação (Apocalipse), capítulo 7, têm de referir-se a este Israel espiritual, por vários motivos válidos. A listagem não é igual à do Israel natural, em Números, capítulo 1. Também, o templo e o sacerdócio de Jerusalém, e todos os registros tribais do Israel natural, foram destruídos de forma permanente, sendo perdidos para sempre, muito antes de João ter tido sua visão, em 96 EC. Mais importante, porém, é que João obteve sua visão tendo por fundo os acontecimentos supracitados que ocorreram a partir de Pentecostes de 33 EC. À luz de tais eventos, a visão de João sobre os que estavam em pé no Monte Sião celestial, junto com o Cordeiro (a quem o Israel natural rejeitara), revelava que o número deste Israel espiritual de Deus era de 144.000 “comprados dentre a humanidade”. — Re 7:4; 14:1, 4.



Israelita
[De (Pertencente a) Israel].
Um descendente de Jacó, cujo nome foi mudado para Israel. (2Sa 17:25; Jo 1:47; Ro 11:1; veja ISRAEL N.° 1.) Conforme determinado pelo contexto, o termo, no plural, refere-se aos seguintes: (1) aos membros de todas as 12 tribos antes da divisão do reino (1Sa 2:14; 13:20; 29:1); (2) aos do reino setentrional de 10 tribos (1Rs 12:19; 2Rs 3:24); (3) aos judeus não-levitas que voltaram do exílio babilônico (1Cr 9:1, 2); (4) aos judeus do primeiro século EC. — At 13:16; Ro 9:3, 4; 2Co 11:22.

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